quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

<< COMUM + UNIDADE = COMUNIDADE >>




"Tinham tudo em comum de modo que não consideravam como "seu" nada do que possuíam.."
(Atos dos Apóstolos 4.32)

As vezes ouvimos pessoas dizerem que viver em comunidade é utopia,porque consideram que só divide o mesmo espaço aqueles que são iguais,isso porque pensam que ser igual é ser idêntico em tudo,na verdade somos semelhantes e não idênticos,graças a Deus e sua multiforme sabedoria,porque um mundo formado por pessoas idênticas não teria nenhuma graça,todo mundo gostando das mesmas coisas,criando as mesmas coisas,já imaginou? sem nada novo? tudo igual e sendo feito em escala coletiva ainda por cima,todos criando e fazendo as mesmas coisas....terrivelmente impossível de se imaginar.
Ter tudo em comum é ter semelhanças sem perder a individualidade,e individualidade não é individualismo,individualidade possue características individuais sem se negar a partilhá-las,individualismo é se fechar num mundo só seu sem compartilhar com o semelhante,ou até mesmo ignorar a existência do semelhante.
Vivem em comunidade é viver da forma como Deus quer que vivamos,porque ele foi o primeiro a compartilhar sua imagem e semelhança com o homem criado ( Gên. 5 ).
As maiores ingrisias da humanidade estão associadas aos conflitos do ego,porque cada indivíduo defende suas idéias de forma a não aceitar uma mudança,ainda mais se essa mudança contraria aquilo que pensa,isso gera as divisões,tem gerado guerras religiosas e étnicas.Conflitos nascem a todo mundo dentro do relacionamento humano pela falta de compreensão e cooperação,pela falta de compartilhamento...No texto que deu início a essa reflexão encontramos algo tremendamente lindo de ser ver,mas quase impossível de se aplicar a nossa vida cotidiana,mas foi incrivelmente possível,e mais,dentro de uma sociedade marcada por inúmeros conflitos religiosos e étnicos,foi possível na antiga Jerusalém,quando eram dominados pelo império Romano e pelo Judaísmo ortodoxo,aquele que apedrejava uma mulher adúltera e motivava a crucificação de alguém que contrariasse seus costumes reliogiosos.Então podemos concluir que não é utópico e nem tampouco impossível,apenas exige de nós uma consciência cristã mais apurada,capaz de abrir mão valores materiais visando valores sociais.
foi isso que Jesus ensinou,foi isso que ele sonhou pro seu corpo aqui na terra até que ele venha,é isso que devemos buscar,respeitar e amar ao próximo como a nós mesmo,esa é a chave para uma vida em comunidade,onde o comum é realmente o mais importante,apesar das individualidades...vale a reflexão? fé em Deus,crer pra ver!!
abraços e beijos!!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"O MEDO"



"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz."
(Platão)

" De todas as paixões baixas, o medo é a mais amaldiçoada."
( William Shakespeare )

"As vezes tenho medo,as vezes sinto minhas mãos presas pelo ar,pois muita gente mesmo,muita gente dá a mão só pra empurrar..." (Cólera - "Medo" )

O medo é o maior e pior inimigo do homem,a cultura do medo é o maior trunfo de satanaz contra a humanidade,porque o medo faz recuar,traz frustrações e enfraquece,o medo é o combustível do inferno segundo Paulo Borges Jr ( A alegria de ser ),concordo plenamente,nada leva mais pessoas ao suicídio que o medo.Pessoas tiram a própria vida por medo de viver,outros não vivem, vegetam,porque nem sequer têm coragem de por os pés nas ruas.Fobias,paranóias e histeria coletiva são as lutas cotidianas de uma sociedade movida pelos seus temores.Medo do escuro,medo da luz,medo do diabo,medo de Deus,medo da morte,medo da vida,medo das dívidas,medo até de amar.
Em l João encontramos um texto que diz algo maravilhoso : "o verdadeiro amor lança fora todo o medo",que coisa legal,porque o verdadeiro amor vem de Deus (como diz a linda canção) e se vem de Deus,é capaz de mover e remover todas as coisas,é capaz de agir de forma sobrenatural é capaz de atuar milagrosamente e nos fazer viver sem temores.Viver é contrariar o medo,porque o medo atrai a morte,não a morte fisíca apenas,mas na maioria das vezes uma morte apática,porque paralisa as ações,imobiliza o pensamento e as idéias,torna o homem infrutífero,e árvore sem frutos não serve pra nada,Jesus disse isso.
Devemos contrariar essa cultura do medo,somos a contra cultura,somos a revolução da vida,porque temos dentro de nós aquele que venceu a morte,e se venceu a morte venceu o medo da morte,porque mostrou a possibilidade da vida apesar da morte.Nele temos esperança de vida eterna,Nele temos força pra vencer nossos maiores temores,Ele é o Caminho , a verdade e a vida,que nos leva ao pai,e mais,não há outro caminho,ele nos conduz a uma vida vitoriosa...abra os olhos e veja...Vale a reflexão?
Fé em Deus ,crer pra ver!! abraços!!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010



UM RESUMO DA HISTÓRIA DE UM USURPADOR REDIMIDO
Jacó lutou com seu irmão gêmeo no útero,nasceu depois dele (mas passou a vida tentando ser o primeiro),roubou o direito de primogenitura (que determinaria a liderança da tribo)através da maior barganha da história da humanidade,roubou a benção de seu pai,o já idoso Isaque,com a ajuda da sua mãe que tinha preferência por ele ( o que gerava ciúmes em seu irmão ),depois entrou numa rota de fuga,usando a suposta disculpa que iria encontrar uma esposa em sua parentela em Arã.No caminho,como fugitivo,ele se encontra com o "cão de caça do céu" em um lugar chamado Betel e tem uma visão onde o céu e a terra estão conectados.Quando finalmente chega a Arã ele se apaixona por Raquel,trabalha sete anos para tê-la como esposa,mas começa uma trajetória que determinaria um duro tratamento em seu caráter,enganado pelo Sogro Labão na noite de núpcias,recebe a irmã mais velha de Raquel como noiva,Lia.Então resolve trabalhar mais sete anos para ter direito de casar com quem ele quis a princípio ( poligamia era permitida na cultura dos Hebreus até então ).É nesse momento que o usurpador começa a aflorar na natureza humana de Jacó e ele arquiteta um plano para obter um patrimônio para sua familia,que a cada dia cresce mais.Quando sua esposa preferida - porém estéril e que sofre com as zombarias e concorrência de sua irmão fértil - finalmente tem um filho,ele pensa no lar e dedica tempo a ele.Sua amada Raquel rouba os ídolos da casa de seu pai,Labão,que os persegue no caminho de volta a Canaã e os alcança,embora sem violência ou vingança,na verdade havia tido uma visão celestial.Eles fazem um pacto.
Jacó precisa encontrar seu irmão Esaú,sentindo uma forte cobrança de reparar seu erro cometido a vinte anos.Muito assustado e,sendo astuto empreendedor (usurpador) ,planeja dar um presente que impressione a Esaú,devolvendo a benção roubada.Ele ora também.Na noite anterior ao encontro,ele luta com Deus no vau de Jaboque,numa das maiores Teofanias registradas na Bíblia,ferido por Deus,ele luta por uma benção,uma obsessão de toda a sua vida,e recebe um novo nome-Israel,aquele que luta com Deus e prevalece.Agora ele está pronto para voltar a Betel,como prometeu a havia vinte anos,mas os pastos vedejantes de Siquém e os atrativos de sua comunidade pagã,porém próspera,o seduzem a comprar terras e acampar ali.No atraso de seu retorno a Betel,sua filha Diná é estuprada,seus filhos a vingam e ele tem que partir rapidamente dali e retomar o caminho para Betel,de onde nunca deveria ter se desviado,a fimde cumprir seu voto.Em Betel,Deus fala com Jacó mais uma vez e,tendo se acertado com seu irmão.agora ele está autorizado a usar seu novo nome Israel.Mas ocorre uma série de tragédias,o tratamento continua.
Raquel,sua esposa preferida,morre no parto.Isaque,seu pai,morre (por fim os irmãos se reconciliam no funeral) e logo José,seu filho preferido,é sequestrado por seus irmãos,os filhos de Lia a esposa menos amada,e é enviado ao Egito.Jacó é convencido pelos filhos sequestradores de que ele fora morto por animais selvagens.No Egito a tragédia começa a e transforma no que viria a marcar a história Judaica para todo o sempre,cumprindo o grande plano de Deus para a vida de Jacó desde o seu nascimento,mas que fora adiado devido as tentativas de Jacó de tentar fazer as coisas do seu jeito.José prospera no Egito de uma forma sobrenatural e milagrosa,devido a uma série de circusntâncias que a olhos humanos beiram o absurdo.Isso força a familia de Jacó a descer ao Egito em busca de alimento e finalmente o esperado encontro com a verdade,José está vivo,é agora governador do Egito,e faz um plano para rever o pai e perdoar seus irmãos.O encontro acontece,a emocionante reação de Jacó ao rever o filho é uma das mais lindas narrativas bíblicas bem como a reconciliação dos irmãos. A história de Jacó termina com ele abençoando seus filhos e netos a fim de que levem adiante a promessa e o propósito do povo chamado para representar Deus na terra e fazer a obra do Senhor se cumprir em toda a humanidade.
(Texto adaptado do livro "A espiritualidade na prática" - R.Paul Stevens - Editora Ultimato )
Espero que essa história nos traga uma reflexao profunda de como nossas ações trazem muitas vezes consequências trágicas,de como podemos muitas vezes atrazar uma benção de Deus em nossas vidas quando tentamos "ajeitar" as coisas,e de como quando finalmente reconhecemos nossos erros o quadro se reverte,não afastando as consequ~encias,mas transformando-as em tratamento em nossa vida e redirecionamento rumo ao alcance da benção. É isso,boa reflexão!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

"O EVANGELHO INTEGRAL NA ÍNTEGRA"



Existem alguns termos e idéias que viram chavões na boca dos cristãos,"evangelho integral" é um deles,tenho ouvido falar demais nisso ultimamente...é algo como se a igreja tivesse que se envolver mais em questões sociais,sair mais das quatro paredes,o que concordo,diga-se de passagem...o que incomoda as vezes são os modismos criados por esses chavões,e daí é mais uma gíria na boca dos "crentes" do que uma prática de fato,e aí o descrédito vem com força e com o tempo é mais uma moda que se vai,assim como foi com outros termos do tipo "movimento de Jesus","avivamento" e " geração de adoradores"...coisas desse tipo,que a gente ouve a exaustão por um tempo e até que surja o novo chavão e incrivelmente um movimento dá lugar ao outro,assim como missões urbanas é outra coisa que tá em voga hoje em dia,mas pouco se vê da verdadeira missão urbana,ou melhor,da verdadeira missão da igreja,aquela que sustenta orfão e a viúva,aquela que vive o evangelho integral na íntegra e que amo de fato e não de palavras.Vale a reflexão? Então vamos refletir!!!

" EVANGELHO INTEGRAL NA ÍNTEGRA "

terça-feira, 3 de agosto de 2010

"Sim, o Deus gracioso encarnado em Jesus Cristo nos ama."



A graça é a expressão ativa deste amor. O cristão vive pela graça como filho do Abba, rejeitando por completo o Deus que pega as pessoas de surpresa ao menor sinal de fraqueza — o Deus incapaz de sorrir diante de nossos erros desajeitados, o Deus que não aceita um lugar em nossas festividades humanas, o Deus que diz "você vai pagar por isso", o Deus incapaz de compreender que crianças sempre se sujam e são distraídas, o Deus eternamente bisbilhotando à caça de pecadores.
Ao mesmo tempo, o filho do Pai rejeita o Deus de cores pastéis que promete que nunca vai chover no nosso desfile.
Um pastor que conheço lembra-se de um estudo bíblico de domingo de manhã na sua igreja em que o texto estudado era Gênesis 22. Deus ordena que Abraão tome seu filho Isaque e ofereça-o como sacrifício no monte Moriá.
Depois que o grupo leu a passagem, o pastor esboçou o pano de fundo deste período da história da salvação, mencionando inclusive a predominância do sacrifício de crianças entre os cananitas. O grupo ouvia em embaraçado silêncio.
O pastor então perguntou:
— Mas o que essa história tem a dizer para nós? Um homem de meia-idade falou.
— Vou dizer o que essa história me diz. Decidi que eu e minha família vamos procurar outra igreja.
O pastor ficou perplexo.
— O quê? Mas por quê?
— Porque — respondeu o homem — quando olho para esse Deus, o Deus de Abraão, sinto-me mais próximo do Deus verdadeiro, não esse sofisticado e escrupuloso Deus de Rotary Clube a respeito do qual ficamos tagarelando aqui nas manhãs de domingo. O Deus de Abraão era capaz de fazer um homem ir pelos ares, de dar e tomar uma criança, de pedir tudo a uma pessoa e ainda querer mais. Quero conhecer esse Deus.
O filho de Deus sabe que a vida tocada pela graça chama-o para viver numa montanha fria e exposta ao vento, não nas planícies aplainadas de uma religião sensata e de meio-termo.
Pois no coração do evangelho da graça o céu escurece, o vento ruge, um jovem sobe um outro monte Moriá em obediência ao Deus implacável que exige tudo. Ao contrário de Abraão, ele carrega nas costas uma cruz, e não lenha para o fogo... como Abraão, em obediência a um Deus selvagem e irrequieto que fará as coisas da sua forma não importe o que custe.
Esse é o Deus do evangelho da graça. Um Deus que, por amor a nós, mandou o único Filho que jamais teve embalado em nossa própria pele. Ele aprendeu a andar, tropeçou e caiu, chorou pedindo leite, transpirou sangue na noite, foi fustigado com um açoite e alvo de cusparadas, foi preso à cruz e morreu sussurrando perdão sobre todos nós.
O Deus do cristão legalista, por outro lado, é com freqüência imprevisível, errático e capaz de toda espécie de preconceito. Quando vemos Deus dessa forma sentimo-nos compelidos a nos envolvermos em alguma espécie de mágica para aplacá-lo. A adoração de domingo torna-se um seguro supersticioso contra os seus caprichos. Esse Deus espera que as pessoas sejam perfeitas e estejam em perpétuo controle de seus sentimentos e emoções. Quando gente esmagada por esse conceito de Deus acaba falhando — como inevitavelmente acontece — ela em geral espera punição. Ela por isso persevera em práticas religiosas ao mesmo tempo em que luta para manter uma imagem oca de um eu perfeito. A luta em si é exaustiva. Os legalistas nunca são capazes de viver à altura das expectativas que projetam em Deus.
Uma mulher casada de Atlanta, com dois filhos pequenos, disse-me recentemente que estava certa de que Deus estava desapontado com ela por não estar "fazendo nada" por ele. Ela contou-me que sentia-se chamada para participar de um ministério de assistência que oferecia um "sopão", mas hesitava em deixar os seus filhos aos cuidados de outra pessoa. Ela ficou chocada quando eu lhe disse que o chamado não provinha de Deus mas do seu próprio e arraigado legalismo. Ser uma boa mãe não bastava para ela. No julgamento dela, também não bastava para Deus.
De modo semelhante, uma pessoa que pensa em Deus como um canhão à solta lançando panfletos aleatórios para nos informar sobre quem está no comando irá tornar-se temerosa, egoísta e provavelmente inflexível em suas expectativas a respeito dos outros. Se o seu Deus é uma força cósmica e impessoal, sua religião será necessariamente evasiva e vaga. A imagem de Deus como um brutamontes onipotente que não tolera qualquer intervenção humana cria um estilo de vida rígido governado por leis puritanas e dominadas pelo medo.
Mas a confiança no Deus que ama de forma consistente produz fielmente discípulos livres e confiantes. Um Deus amoroso fomenta um povo amoroso. "O fato de que nossa visão de Deus molda nossa vida em grande parte pode ser uma das razões pelas quais a Escritura atribui tanta importância a buscar conhecê-lo."
( Brennan Manning - " O Evangelho Maltrapilho " )

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

" DIVERSAS CONVERSÕES"


Nessa postagem quero compartilhar um texto de outro grande autor e pensador cristão da atualidade : Ricardo Gondim
Boa leitura para todos!!
Fé em Deus,crer pra ver!!

Diversas conversões

Já me converti várias vezes. Fui católico nominal e virei presbiteriano-reformado-calvinista. Depois migrei e ganhei o título de assembleiano-pentecostal-clássico. Mas o processo nunca parou. Experimentei mudanças bruscas em minha crença sobre milagre: saltei das orações despretensiosas e formais para agonizar de joelhos e ter intervenções divinas que resolvessem problemas, meus e dos que me pedissem ajuda.
Na maturidade, houve outras mudanças em minha caminhada religiosa. Abandonei projetos grandiosos, “billygrahaminianos”, de impactar o mundo; perdi ideias românticas sobre a “verdadeira igreja”; desiludi-me com as afirmações absolutas da teologia sistemática que pretende catalogar de forma exaustiva o que se deve saber sobre Deus e o mundo vindouro; desencantei-me com as lógicas da espiritualidade engrenada de “causa e efeito”; fugi da beligerância dos apologetas da “reta doutrina”.
Alguns amigos, inquietos com a minha rota, questionam se não há retorno, se estou mesmo decidido a permanecer no processo de repensar a fé e a espiritualidade. Pelas marretadas que já levei, pelos companheiros que já perdi e pelas censuras que já sofri, confesso que fui tentado a reconsiderar. Entretanto, voltar atrás, neste caso, seria um retrocesso covarde. Tudo o que entusiasma pede para ser aprofundado, alongado, problematizado, nunca esvaziado.
Para apagar o que absorvi sobre a relação com Deus
Eu precisaria negar que a mais linda revelação do evangelho é o esvaziamento de Deus na encarnação;

Eu precisaria afirmar que as portentosas narrativas bíblicas de milagre são jornalísticas e que servem para convencer os incrédulos de que Deus é poderoso;
Eu precisaria insistir em dizer que as condições sub-humanas dos que vivem em monturos de lixo fazem parte de um um plano traçado por Deus antes da criação. Não consigo imaginar-me falando: “Deus é soberano e decidiu que eles viveriam assim; e os porquês da Providência, só saberemos na eternidade”.
Eu precisaria pregar que Deus está em controle de todas as coisas, inclusive do estuprador que matou a adolescente, do fornos crematórios de Auschwitz, das machadadas que dizimaram Ruanda e da estupidez de Pol Pot no Camboja, que executou dois milhões de inocentes.
Eu precisaria escrever revistas de escola dominical para mostrar que as crianças são perversas, mentirosas, verdadeiras víboras em gestação, e que elas devem se arrepender o quanto antes e “aceitar Jesus” para não terminarem prematuramente no inferno.
Eu precisaria ensinar que sem o credo confessional dos evangélicos bilhões arderão no enxofre e que Deus se sentirá feliz e vingado ao ouvir o choro e o ranger de dentes dos condenados por toda a eternidade.
Eu precisaria postar textos na internet sobre o “direito” do Oleiro matar os miseráveis no Haiti. Teria de insistir que somos barro sem autoridade de questionar os atos do Senhor. Precisaria teimar no “mistério insondável” de Deus escolher exatamente os mais pobres para derramar o cálice de sua ira; e que é meu dever arregaçar as mangas e amenizar o sofrimento dos que foram vítimas do ódio de Javé, sempre ofendido pelo pecado.
Como não consigo voltar a essas lógicas, só me resta prosseguir na compreensão de Deus com outras premissas. Através de Jesus, tento entender o Divino. Como o Deus invisível nunca se deixou ver por ninguém, tenho apenas o rosto, as palavras e os gestos de Jesus para intui-lo. Faço revisão teológica sem grandes pretensões, não intento formar nenhum movimento, quero tão somente ser honesto com minhas, só minhas, inquietações.
Sim, pretendo experimentar novas conversões. De passo em passo, alargar meus parcos conhecimentos e minhas estreitas convicções. Mas como o Divino é oceano mais imenso que a soma das galáxias, tenho muita transformação pela frente.
Soli Deo Gloria ( RICARDO GONDIM )



terça-feira, 27 de julho de 2010

" A graça de deixar os outros livres"

Quero inaugurar esse Blog com esse primeiro texto extraído do livro " O Despertar da Graça" de Charles Swindoll,nada melhor pra iniciar uma série de reflexões do que falarmos sobre a graça de Deus,e nesse caso não só a Deus,mas a nossa também para com os outros,Deus ilumine nossa mente e abra nosso coração para essa reflexão...boa leitura!!
Fé em Deus ,crer pra ver!!

A graça de deixar os outros livres

A graça vem até nós em duas dimensões: vertical e horizontal.A graça vertical se concentra em nossa relação com Deus.Ela é surpreendente.Ela nos liberta das exigências e da condenação da lei mosaica.ela anuncia esperança ao pecador - o dom da vida eterna,juntamente com todos os seus benefícios.A graça horizontal se concentra em nossos relacionamentos humanos.Ela é encantadora.ela nos livra da tirania de agradar as pessoas e ajustar nossas vidas as exigências e expectativas da opinião humana.Ela dá alívio – o prazer da liberdade juntamente com todos os seus benefícios.Ela silencia a culpa desnecessária e remove a vergonha auto-imposta.

Poucas pessoas compreendem melhor do que os não cristãos como alguns cristãos podem se sentir tão cheios de culpa.Uma senhora em nossa congregação conta a conversa que teve com um estudante enquanto os dois estudavam no campus universitário de Berkeley na Califórnia.Ele sabia que ela era cristã e tornou penosamente claro que não tinha qualquer interesse na fé dos cristãos.Quando ela perguntou o motivo,sua resposta continha o aguilhão da realidade: “Porque as pessoas com mais sentimento de culpa que conheço sãos os cristãos.Não quero isso,obrigado!”

Este é um bom momento para você se fazer duas perguntas esquadrinhadoras.Só você pode responde-las:

1-Você aumenta ou diminui o sentimento de culpa dos outros?

2-Você é do tipo que promove ou restringe a liberdade alheia?

As duas perguntas estão ligadas á atitude,não é? Fazemos o que fazemos com os outros por causa da nossa maneira de pensar.Nossa atitude,portanto, é crucial.Ela está também a nossa mercê.Temos completo controle de qual será a nossa atitude: agradável e graciosa,ou restritiva e rígida.A liberdade ou o legalismo será o resultado.Dependendo da nossa atitude,seremos doadores ou assassinos da graça.(“O despertar da graça”-Charles R.Swindoll)