quarta-feira, 28 de julho de 2010

" DIVERSAS CONVERSÕES"


Nessa postagem quero compartilhar um texto de outro grande autor e pensador cristão da atualidade : Ricardo Gondim
Boa leitura para todos!!
Fé em Deus,crer pra ver!!

Diversas conversões

Já me converti várias vezes. Fui católico nominal e virei presbiteriano-reformado-calvinista. Depois migrei e ganhei o título de assembleiano-pentecostal-clássico. Mas o processo nunca parou. Experimentei mudanças bruscas em minha crença sobre milagre: saltei das orações despretensiosas e formais para agonizar de joelhos e ter intervenções divinas que resolvessem problemas, meus e dos que me pedissem ajuda.
Na maturidade, houve outras mudanças em minha caminhada religiosa. Abandonei projetos grandiosos, “billygrahaminianos”, de impactar o mundo; perdi ideias românticas sobre a “verdadeira igreja”; desiludi-me com as afirmações absolutas da teologia sistemática que pretende catalogar de forma exaustiva o que se deve saber sobre Deus e o mundo vindouro; desencantei-me com as lógicas da espiritualidade engrenada de “causa e efeito”; fugi da beligerância dos apologetas da “reta doutrina”.
Alguns amigos, inquietos com a minha rota, questionam se não há retorno, se estou mesmo decidido a permanecer no processo de repensar a fé e a espiritualidade. Pelas marretadas que já levei, pelos companheiros que já perdi e pelas censuras que já sofri, confesso que fui tentado a reconsiderar. Entretanto, voltar atrás, neste caso, seria um retrocesso covarde. Tudo o que entusiasma pede para ser aprofundado, alongado, problematizado, nunca esvaziado.
Para apagar o que absorvi sobre a relação com Deus
Eu precisaria negar que a mais linda revelação do evangelho é o esvaziamento de Deus na encarnação;

Eu precisaria afirmar que as portentosas narrativas bíblicas de milagre são jornalísticas e que servem para convencer os incrédulos de que Deus é poderoso;
Eu precisaria insistir em dizer que as condições sub-humanas dos que vivem em monturos de lixo fazem parte de um um plano traçado por Deus antes da criação. Não consigo imaginar-me falando: “Deus é soberano e decidiu que eles viveriam assim; e os porquês da Providência, só saberemos na eternidade”.
Eu precisaria pregar que Deus está em controle de todas as coisas, inclusive do estuprador que matou a adolescente, do fornos crematórios de Auschwitz, das machadadas que dizimaram Ruanda e da estupidez de Pol Pot no Camboja, que executou dois milhões de inocentes.
Eu precisaria escrever revistas de escola dominical para mostrar que as crianças são perversas, mentirosas, verdadeiras víboras em gestação, e que elas devem se arrepender o quanto antes e “aceitar Jesus” para não terminarem prematuramente no inferno.
Eu precisaria ensinar que sem o credo confessional dos evangélicos bilhões arderão no enxofre e que Deus se sentirá feliz e vingado ao ouvir o choro e o ranger de dentes dos condenados por toda a eternidade.
Eu precisaria postar textos na internet sobre o “direito” do Oleiro matar os miseráveis no Haiti. Teria de insistir que somos barro sem autoridade de questionar os atos do Senhor. Precisaria teimar no “mistério insondável” de Deus escolher exatamente os mais pobres para derramar o cálice de sua ira; e que é meu dever arregaçar as mangas e amenizar o sofrimento dos que foram vítimas do ódio de Javé, sempre ofendido pelo pecado.
Como não consigo voltar a essas lógicas, só me resta prosseguir na compreensão de Deus com outras premissas. Através de Jesus, tento entender o Divino. Como o Deus invisível nunca se deixou ver por ninguém, tenho apenas o rosto, as palavras e os gestos de Jesus para intui-lo. Faço revisão teológica sem grandes pretensões, não intento formar nenhum movimento, quero tão somente ser honesto com minhas, só minhas, inquietações.
Sim, pretendo experimentar novas conversões. De passo em passo, alargar meus parcos conhecimentos e minhas estreitas convicções. Mas como o Divino é oceano mais imenso que a soma das galáxias, tenho muita transformação pela frente.
Soli Deo Gloria ( RICARDO GONDIM )



terça-feira, 27 de julho de 2010

" A graça de deixar os outros livres"

Quero inaugurar esse Blog com esse primeiro texto extraído do livro " O Despertar da Graça" de Charles Swindoll,nada melhor pra iniciar uma série de reflexões do que falarmos sobre a graça de Deus,e nesse caso não só a Deus,mas a nossa também para com os outros,Deus ilumine nossa mente e abra nosso coração para essa reflexão...boa leitura!!
Fé em Deus ,crer pra ver!!

A graça de deixar os outros livres

A graça vem até nós em duas dimensões: vertical e horizontal.A graça vertical se concentra em nossa relação com Deus.Ela é surpreendente.Ela nos liberta das exigências e da condenação da lei mosaica.ela anuncia esperança ao pecador - o dom da vida eterna,juntamente com todos os seus benefícios.A graça horizontal se concentra em nossos relacionamentos humanos.Ela é encantadora.ela nos livra da tirania de agradar as pessoas e ajustar nossas vidas as exigências e expectativas da opinião humana.Ela dá alívio – o prazer da liberdade juntamente com todos os seus benefícios.Ela silencia a culpa desnecessária e remove a vergonha auto-imposta.

Poucas pessoas compreendem melhor do que os não cristãos como alguns cristãos podem se sentir tão cheios de culpa.Uma senhora em nossa congregação conta a conversa que teve com um estudante enquanto os dois estudavam no campus universitário de Berkeley na Califórnia.Ele sabia que ela era cristã e tornou penosamente claro que não tinha qualquer interesse na fé dos cristãos.Quando ela perguntou o motivo,sua resposta continha o aguilhão da realidade: “Porque as pessoas com mais sentimento de culpa que conheço sãos os cristãos.Não quero isso,obrigado!”

Este é um bom momento para você se fazer duas perguntas esquadrinhadoras.Só você pode responde-las:

1-Você aumenta ou diminui o sentimento de culpa dos outros?

2-Você é do tipo que promove ou restringe a liberdade alheia?

As duas perguntas estão ligadas á atitude,não é? Fazemos o que fazemos com os outros por causa da nossa maneira de pensar.Nossa atitude,portanto, é crucial.Ela está também a nossa mercê.Temos completo controle de qual será a nossa atitude: agradável e graciosa,ou restritiva e rígida.A liberdade ou o legalismo será o resultado.Dependendo da nossa atitude,seremos doadores ou assassinos da graça.(“O despertar da graça”-Charles R.Swindoll)